6.9.12

Erro de Paralaxe de Maria João Lima

Está patente na sala Afonso Cruz, até 30 de setembro a exposição “Erro de Paralaxe”, com fotografias de Maria João Lima e textos de Afonso Cruz.
"-Estas fotografias e estes textos também funcionam assim. Escolhemos momentos, lugares, memórias, e tentamos expressar algo do que passámos em mais de uma década de viagens pela Ásia, pelo Médio Oriente, pela Europa Central, pelo Leste, por África, pelas Américas. Por mais de sessenta países. Fazemo-lo como quem se recorda, fragmentariamente. Exatamente como a nossa memória funciona.”A nossa memória não funciona linearmente, como o tempo que vamos vivendo, como o nosso quotidiano. Quando recordamos a nossa vida, são episódios separados, sem qualquer ligação temporal: lembramo-nos de um beijo, de uma morte, de um jantar, de uma conversa. Não recordamos nada disto de um modo encadeado, começando em criança e evocando todos os episódios seguintes como se desenrolássemos um novelo. A nossa memória é fragmentária e o tempo ordeiro e linear não é importante: lembramo-nos de uma cena da adolescência, junto ao mar, e logo a seguir estamos a evocar um episódio passado anteontem, no meio de um mercado de peixe - bebemos um gole de vinho para depois recuarmos até ao dia em que, na primária, soubemos defender uma bola impossível."

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