Foi inaugurada no dia 10 de Junho pelas 18h00 a exposição “Moringues, Culturas em Viagem”, no âmbito das actividades inseridas na temática da Interculturalidade a decorrer no CAE.
O moringue é um hidrocerame de cariz utilitário que te
m por finalidades essenciais a conservação, o transporte e o consumo da água. A sua origem perde-se nos primórdios das culturas mediterrânicas. Mas, é – também e essencialmente – um símbolo. Um símbolo da transculturalidade e da viagem que condensa em si a terra que o fabricou, o fogo que o cozeu, a água fresca que transporta, o amplexo amoroso que corporiza nas suas duas bocas hermafroditas. O moringue viajou com os portugueses pelos quatro cantos do Mundo, saciou a sede a escravos e a fidalgos, foi oferenda em rituais de enamoramento, é agora instrumento de música nos sertões brasileiros. O moringue é, enfim, fruto da lusofonia que o embarcou nas naus da distância que o transportou ao colo e o beijou, a quem baptizou de mudingui nos planaltos quimbundu de Angola. É destes moringues, destas viagens e destas memórias que nos propomos dar nota nesta nossa sentida exposição. Mais se informa que, todas as quintas-feiras, pelas 17h00, irão efectuar-se visitas guiadas à exposição pelo autor da mesma, Dr. César Tomé.
O moringue é um hidrocerame de cariz utilitário que te
m por finalidades essenciais a conservação, o transporte e o consumo da água. A sua origem perde-se nos primórdios das culturas mediterrânicas. Mas, é – também e essencialmente – um símbolo. Um símbolo da transculturalidade e da viagem que condensa em si a terra que o fabricou, o fogo que o cozeu, a água fresca que transporta, o amplexo amoroso que corporiza nas suas duas bocas hermafroditas. O moringue viajou com os portugueses pelos quatro cantos do Mundo, saciou a sede a escravos e a fidalgos, foi oferenda em rituais de enamoramento, é agora instrumento de música nos sertões brasileiros. O moringue é, enfim, fruto da lusofonia que o embarcou nas naus da distância que o transportou ao colo e o beijou, a quem baptizou de mudingui nos planaltos quimbundu de Angola. É destes moringues, destas viagens e destas memórias que nos propomos dar nota nesta nossa sentida exposição. Mais se informa que, todas as quintas-feiras, pelas 17h00, irão efectuar-se visitas guiadas à exposição pelo autor da mesma, Dr. César Tomé.
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